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Centro Cultural Villas Boas
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Anexos
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FO241
Metadados
Miniatura

Número tombo
FO241
Título
Centro Cultural Villas Boas
Tipologia
Descrição
Fotografia externa de prédio de alvenaria com portas e janelas dispostas em três andares e sótão. Na entrada, uma placa vermelha com o nome do local "Centro Cultural Villas Boas". Na varanda, no segundo andar, mastros de madeira com as bandeiras do Estado do Rio Grande do Sul, do Brasil e do município de Coronel Pilar.
Produtor
Prefeitura Municipal de Coronel Pilar
Data do objeto
2010
Informações de origem e procedência
Inauguração do Centro Cultural Villas Boas.
No início da década de 1950, um grupo de agricultores e comerciantes de Coronel Pilar reuniu-se com a finalidade de construir um moinho para obter farinha de trigo, milho, quirela e descascador de arroz. O entusiasmo fez surgir uma sociedade. A primeira resolução era de adquirir um terreno e neste edificar o tão sonhado Moinho. Obtiveram o terreno de Narciso Mattuella, tendo como ajudante Guilherme Galvagni.
O restante dos sócios se distribuiu em mutirão para baratear as despesas de mão de obra e material de construção e, assim, a obra ficou pronta, entretanto, necessitavam complementar a instalação de máquinas e equipamentos. A grande dificuldade era descobrir quem movimentaria e coordenaria esse serviço. A saída encontrada foi vender o prédio e o material adquirido. Alguns sócios como Honório Bortolini e sua esposa Jandira Cenatti, seu irmão, Rizzieri Bortollini e a esposa Fredezinda Barbieri compraram e instalaram o moinho, equipando-o. Produziram farinha de trigo e milho.
No entanto, o resultado não foi satisfatório por duas razões: o moinho era movido por gasogênio a carvão, pois não havia energia elétrica; para progredir deveriam aumentar o volume de fabricação de farinha, mas a população local era pouca e as estradas eram ruins para o transporte para outras localidades. Havia concorrência nos mercados. Assim, Honório, Rizieri e as respectivas esposas transferiram o equipamento do moinho para a cidade de Lajeado, onde hoje é a empresa IMEC. Porém, deixaram no prédio o descascador de arroz e a pedra de produzir quirela a Olivo Lorenzini (25/10/1930 - 28/08/2013) e a esposa Cecília Barbieri (27/03/1933), vizinhos próximos do moinho. O casal conservou o negócio em funcionamento, atendendo alguns clientes que transportavam milho, trigo e outras mercadorias até o moinho com mulas, cavalos e carroças para transformar em farelo. O prédio, enquanto funcionava como moinho, foi de muita utilidade para o município, que tem sua base econômica na agricultura.
A Prefeitura Municipal adquiriu o prédio que passou pelo processo de revitalização e hoje no prédio acolhe a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Biblioteca Pública Municipal, Câmara de Vereadores e o Museu Histórico Municipal de Coronel Pilar.
Logo começaram as obras de reforma, mantendo os equipamentos originais que haviam sido instalados no moinho ainda na sua construção. Na primeira etapa, foi efetuada a substituição de toda a estrutura do telhado e da cobertura com colocação de telha cerâmica tipo francesa, construção das escadas internas em concreto, construção das salas de apoio, recuperação do reboco externo, preparação do espaço para instalação de um elevador, recuperação das aberturas e demais serviços inerentes à obra.
Na segunda etapa, foi efetuado o serviço de acabamento interno com colocação do forro, pisos e azulejos, instalações hidrossanitárias e elétricas, colocação de portas e corrimão, externa e interna, construção de sacada e pavimentação externa. Os imóveis compõem uma área conjunta e são de interesse público para atendimento de atividades extraclasse, com a instalação de salas de complementação de atividades do ensino fundamental, como reforço pedagógico, biblioteca, informática, entre outros. Os imóveis têm área total de 1.047m² de área construída, com um prédio de alvenaria de quatro andares com 600m² de área construída.
O prédio foi inaugurado dia 14 de abril de 2009 e acolhe a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Biblioteca Pública Municipal, Câmara de Vereadores e o Museu Histórico Municipal.
A escolha do nome do Centro Cultural Villas Boas se deu pela importância que Villas Boas teve para a história do Brasil no tempo do Império. Seu trabalho foi referência para a época, igual importância que hoje damos aos Tabelionatos e Regimentos Públicos. Outro motivo foi que durante as Guerras Cisplatinas entre portugueses e castelhanos, diversos combatentes com sobrenome Villas Boas lutaram pela defesa do Estado e durante a Guerra dos Farrapos um Coronel do exército de Porto Alegre, chamado Vicente Paulo d’Oliveira Villas Boas, lutou bravamente a frente do exército para defender as terras gaúchas.
Com o objetivo de que o antigo Moinho fique valorizado na história de Coronel Pilar, um nome significativo e histórico brasileiro como este foi adotado.
Data de aquisição
Agosto de 2019
Forma de aquisição
Doação
Dimensões
Altura da Fotografia: 13cm Largura da Fotografia: 17cm
Localização
Arquivo do museu
Estado de conservação
Bom